HISTORIA DO JIU-JITSU
Você sabe o que é
jiu jitsu? Se você pensou que jiu jitsu é uma luta praticada por pessoas que
têm um pitbull de estimação e que adoram arrumar briga na rua, muito bem: você
errou! Para começarmos a compreender essa luta, podemos tomar a tradução
imediata do termo jiu jitsu, que seria “caminho suave”. Isso se deve aos seus
princípios básicos, uma vez que essa prática privilegia o equilíbrio e o
sistema de alavancas do corpo humano em detrimento do uso da força e das armas.
Ou seja, uma luta que prioriza a consciência corporal ao invés da força, não
pode ser associada às arruaças de rua.
A história do jiu
jitsu remete à Índia. Acredita-se que essa técnica teria sido criada por monges
budistas, que buscavam um método de defesa pessoal. Conforme o budismo teria se
expandido, o jiu jitsu também o teria. Assim, sua prática e ensinamentos
passaram pela China até atingir o Japão, local onde a técnica foi popularizada.
No século XIX, alguns mestres se dispersaram do Japão e um deles veio se fixar
em Belém do Pará, em 1915, onde conheceu e criou vínculo com a família Gracie.
Aí reside uma coincidência que modificaria o rumo dessa arte marcial. Gastão
Gracie era pai de oito filhos, e incentivou o mais velho a aprender a arte com
o mestre Esai Maeda Koma.
Carlos Gracie, já
detentor da arte marcial do jiu jitsu, mudou-se de Belém para o Rio de Janeiro
aos dezenove anos de idade, com o intuito de lutar e de ensinar essa luta.
Obteve tamanho sucesso ao ponto de modificar alguns aspectos do jiu jitsu
tradicional e fundar um novo estilo de lutar: o brazilian jiu jitsu, que
privilegiava a luta no chão, seguida por golpes de finalização, ao contrário do
jiu jitsu tradicional que mantinha seu foco nas quedas.
Atualmente, o jiu
jitsu é um esporte reconhecido e regulamentado, em nosso país, pela
Confederação Brasileira de Jiu Jitsu. Em nível regional, há as federações
estaduais. As principais competições nacionais são o campeonato brasileiro, o
campeonato brasileiro de equipes e o campeonato brasileiro de estreantes. Outro
papel da confederação brasileira é o de selecionar atletas para competirem em
nível internacional, como o campeonato pan-americano e o campeonato mundial.
Os níveis de
desenvolvimento de um atleta são representados pela cor da faixa que amarra o
seu quimono. Para atletas adultos, as cores são: branca, azul, roxa, marrom,
preta, coral e vermelha, em ordem crescente de habilidade. Já no que se refere
às crianças, como modo de incentivo, há a inclusão de outras três cores de
faixa, localizadas entre a branca e a azul, são elas: amarela, laranja e verde.
Sobre as regras:
- A área
de disputa entre dois atletas, chamada de ringue, tem área variável entre
64 e 100 metros quadrados. É restrita uma área menor para o combate, de
modo que reste uma parte específica denominada de área de segurança. A cor
do tatame da área de segurança é diferente da cor do tatame voltado à área
de combate;
- Antes
de iniciar uma luta, os atletas devem passar por uma supervisão da
organização do campeonato. Sua função é a de verificar se as unhas estão
curtas, qual a cor da faixa e se o quimono está em condições ideais para a
realização do combate;
- Vence
uma luta, o atleta que finalizar o outro. No entanto, há casos de combates
em que isso não ocorre. Nesse caso, são contabilizados os movimentos de
cada atleta e é feito uma somatória dessa pontuação. É considerado o
vencedor aquele que somar mais pontos durante a luta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário